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Curso Preparatório para Prova de Agente
Autônomo de Investimento -
ANCORD
Risco versus Retorno
Cada investidor tem uma determinada tolerância a riscos. Há investidores arrojados que suportam
altos riscos em busca de maior retorno e há também os conservadores que desejam o mínimo de
risco, ainda que isso implique em retornos menores. Entre esses dois opostos estão os mais diversos
perfis de investidores. Por outro lado, cada investimento apresenta sua combinação de risco e retor-
no.
Existe uma tendência de elevação dos retornos a medida que aumentam os riscos.
Você sabia que o Presidente e o Vice-Presidente dos Estados Unidos nunca viajam no mesmo avião?
Na verdade essa prática é usual, também, entre membros da diretoria de grandes companhias e visa
a evitar que em caso de acidentes, o país ou a empresa fique sem comando.
O investidor também deve adotar a mesma postura e não aplicar todos os recursos num só título ou
papel. Esse é o
princípio da diversificação
. Diversifica-se uma carteira de investimentos para dimi-
nuir o seu risco. A compra de uma variedade de papéis e títulos faz com que o risco associado a cada
um desses componentes individuais da carteira seja atenuado pelo conjunto.
Por que o risco não pode ser eliminado? Na realidade o risco total de um ativo é composto pelos
riscos sistemático e não-sistemático.
-
Risco Sistemático (mercado, conjuntural ou não diversificável):
é o risco imposto ao ativo pelos
sistema político, econômico e social (recessão, crise política, greves etc.). Esse risco atinge a todos os ati-
vos indistintamente, ainda que cada ativo responda de maneira diferente a mudanças na conjuntura.
Este risco é distinto do risco individual de cada um dos valores cotados e por isso chama-se também
de risco não diversificável pois não é possível reduzi-lo ou cobri-lo através da diversificação de carteira.
- Risco Não-Sistemático (próprio, específico, diversificável):
é o risco intrínseco e específico de um
determinado ativo. É gerado por fatos que atingem diretamente o ativo (ou o subsistema ao qual
está ligado) e não atingem os demais ativos - riscos financeiro, administrativo e setorial.
Perceba que o Risco Sistemático não é diversificável, já que decorre de fatos que atingem a todos os
ativos. O Risco Não-Sistemático, por outro lado, é diversificável, ou seja, pode ser total ou parcialmen-
te diluído pela diversificação da carteira.
Objetivo do Investidor
Todo investidor possui um objetivo para seus recursos, mesmo que não declarado. Por objetivo en-
tenda-se finalidade: como comprar uma casa, um carro ou outro bem. Este objetivo, no entanto, está
ligado diretamente à um prazo para realizar-se, chamado de horizonte de investimento.
Horizonte de Investimento
O horizonte de investimento de qualquer ativo financeiro depende do tempo que é necessário para
obter, teoricamente, um melhor retorno.
O horizonte é um fator determinante para a escolha do
investimentomais adequado.
Se o investidor tem objetivos de longo prazo, pode optar por investi-
mentos cujo prazo de maturação seja maior.
Flutuações de curto prazo são pouco relevantes, pois
o que mais importa é a tendência de longo prazo.