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Curso Preparatório para Prova de Agente
Autônomo de Investimento -
ANCORD
Nesse sentido, Saunders e Cornett (2003) definem risco de crédito como
a probabilidade de o de-
vedor não gerar fluxos de caixa suficientes para resgatar suas obrigações junto ao credor, dentro
das condições previamente combinadas (prazo, juros, periodicidade dos pagamentos, etc.).
O risco de crédito, segundo a definição de Fortuna (2010), representa a possibilidade da perda pelo
não pagamento de algum tipo de dívida que qualquer contraparte tenha assumido com uma insti-
tuição financeira.
Se crédito pode ser definido como a expectativa de recebimento de uma soma
em dinheiro em um prazo determinado, então risco de crédito é a chance que essa expectativa
não se concretize
(CAQUETTE
et al
, 1998).
O risco de crédito não se restringe a operações de empréstimo, mas engloba também outras opera-
ções intra e extra-balanço, tais como aceites, garantias e investimentos em títulos.
O grande problema da avaliação de risco de crédito de terceiros é que ela nem sempre é acurada
(devido ao problema de assimetria de informações) e uma série de fatores pode alterar ao longo do
tempo a condição inicialmente diagnosticada. Sérios problemas bancários têmocorrido em razão de
deficiências dos bancos no reconhecimento de créditos de alto risco e na criação de reservas para a
baixa contábil desses ativos.
Para minimizar este risco aos investidores as empresas e bancos contratam agências especializadas
para que elas classifiquem o risco de crédito referente às obrigações que vão lançar no mercado,
como Debêntures e CDBs.
Atenção: Investimentos em ações não possuem risco de crédito.
Risco de Mercado
O risco de mercado é caracterizado pela probabilidade de prejuízos oriundos de movimentos desfa-
voráveis nos preços de mercado, pertencente à categoria de risco especulativo, visto que alterações
nos preços podem se traduzir tanto em prejuízos quanto em lucros. Sob a perspectiva recente, o
crescimento da exposição a risco de mercado por parte das instituições financeiras faz parte de um
movimento de busca por produtos financeiros que são potencializadores de lucro, mas que aumen-
tam significativamente o nível de risco assumido nas operações.
O risco de mercado, também chamado de risco de preço, origina-se de qualquer mudança de
valor nos ativos e passivos detidos pela instituição financeira ou investidor.
Essa mudança pode
ocorrer nas taxas de juros, na taxa de câmbio oumesmo na variação de ativos de renda variável ou no
mercado imobiliário. O risco de mercado depende do comportamento do preço do ativo diante das
condições de negociação, destacando a importância de identificar e quantificar o mais corretamente
possível as volatilidades e correlações dos fatores que impactam a dinâmica do preço do ativo.
Fortuna (2010) acrescenta que o risco do mercado tem crescido de importância, a partir, das seguin-
tes motivações:
aumento do processo de securitização de ativos e, a consequente ampliação do uso das técnicas
de marcação a mercado de títulos;
complexidade cada vez maior dos instrumentos financeiros negociados, notadamente os instru-
mentos derivativos;